13 de ago. de 2007

Destino?

Não, eu não acredito em destino. Não acredito em deixar as coisas rolarem. Eu escrevo minha história e faço meus planos. Se eles dão certo ou não... outra conversa. Acho que quando você deixa as coisas acontecerem, fica parecendo aquelas pessoas à beira da morte, esperando o inevitável, prolongando o resultado certo. Não, não acredito que este seja meu destino. Meu destino é desacreditar no destino. É fazer com que o que eu fui destinado a fazer dê errado. Sim, eu faço o que eu quiser, eu sou meu dono, meu senhor. Destino é desculpa de fracassados. Eu procuro evitar o acaso e tratá-lo como uma variável. Poderia estar lá, mas estou aqui. Você poderia estar lá, mas está aqui. Já imaginaram quantas e quantas vezes você já trombou durante toda a sua vida com aquela pessoa que você julga especial? Talvez tenha cedido o lugar para que ela se sentasse, talvez tenham brigado por furar uma fila ou dar um "encontrão" no meio da rua. Variáveis. São tantas, até que um dia dá certo. E foram tantas tentativas erradas que um dia dá certo. Vocês se encontram e se curtem e depois... depois acaba. Até que você nota o número de vezes deu errado, será que era para realmente dar certo? Será que não demos murro em ponta de faca?
Aprendi algo muito importante nos últimos dias. Viver bem é ter a capacidade de ignorar o que não vale a pena e não vale a pena pensar em como deu errado, vale a pena lembrar de quando deu certo.

Um comentário:

Anônimo disse...

É bom não acreditar no destino.
Hoje sei que tudo é pra já, mas eu já não sei o que fazer com o que já se foi. Acho que já se foi.

"Não se afobe não, que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia deixei pra você" (Futuros Amantes - Chico Buarque)